Rainha mãe
Essa semana minha avó, rainha mãe da minha família, interlocutora incondicional de Deus, realizadora das orações mais intensas e recheadas de fé e esperança que alguém já realizou, incansável na arte de tratar bem, inquestionável em sua postura e educação, e mais uma infinita combinação de qualidades…nos deixou na carne, na matéria. Mas não nos deixou e jamais deixará no amor.
Quando nascemos, nossos pais dizem descobrir o amor verdadeiro e, eu, por experiência própria, digo que quando morremos os que ficam descobrem o amor infinito.
Ela cumpriu sua parte na arte da vida de maneira esplendorosa e nós, família e amigos, que tivemos a chance de conviver, podemos nos considerar pessoas AFORTUNADAS.
Eu só tenho a agradecer a Deus por tudo. Pelos bons anos juntas, pela nossa exemplar convivência e por Ele ter dado o descanso tão desejado em pensamento da maneira que ela queria.
Em 2013 eu realizei um ensaio fotográfico com ela. E ainda bem que eu fiz isso!
Minha vida só pode ser contada se levar em consideração a presença tão forte da minha avó.
Eu não consegui registrar a casa anterior dela, casa que traz as mais doces lembranças a muita gente! Primeiro porque não era fotografa (e nem sonhava em ser), e depois, porque a gente nunca vê a necessidade de certificar a memória, mesmo sabendo que ela também é passageira e pode acabar/falhar.
Uma historia contada de boca em boca, jamais será a mesma história que foi registrada em um livro, e no meu caso na foto.
Eu não consigo passar para os que verão o livro os cheiros e os barulhos, mas consigo passar para os que a conheceram a lembrança detalhada de um dia na vida dela. Vale a pena!
http://issuu.com/mikamato/docs/livro5/1
Com carinho infinito e sempre SUA NETA
[…] esse trabalho, que começou com a minha avó (tem um post antiguinho aqui), e a necessidade de registrá-la para ter sua história documentada, continua…e no ano passado […]